sábado, 27 de março de 2010

Não existe amor sem medo.



Vivo numa ânsia eterna de acertar. De querer saber sempre o que é melhor para mim e ter resposta pra tudo (ou quase tudo). De questionar, julgar, avaliar minhas atitudes. De sentir que o que eu faço ou deixo de fazer, vai ser (ou não) moralmente correto. Quando na verdade, o grande prazer da vida está em simplesmente sentir. Viver sem planos, sem estratégias, imprevisívelmente. Sem se importar com o que as pessoas pensam ou deixam de pensar. Sem coagir a opinião alheia, e sim, deixar que as minhas escolhas falem por mim. Desfrutar dos momentos sendo cada vez mais e irredutivelmente feliz. Mas ter a sã e tranquila consciência da responsabilidade. De seguir sempre aquilo que possa trazer bons resultados. E é assim que devo viver... Nessa incessante procura! Ou seria espera? Talvez 'esperar' não seja a palavra certa... É muito forte, envolve ínúmeras possibilidades. Quem sabe medo? O medo de esperar algo que aparentemente é tão abstrato... Mas tão real ao mesmo tempo! Vejo a sinceridade e sinto a vontade, a necessidade de fazer dar certo. Mas e o amor? O amor já está, está sempre. Está nos olhares, na compreensão, no cuidado, no carinho, na cumplicidade... Está implícito, esperando a hora certa de surgir. Está em todos os pequenos e raros momentos, que logo serão grandes e constantes. É só esperar...

2 comentários:

Crisley Ramos disse...

senti o clima desse texto, ficou lindo!

ps: quero minha inspiração de volta!

Anônimo disse...

E depois de tanto tempo surge um novo post... O melhor que eu li aqui, talvez por ter me identificado totalmente. O amor é contraditório, o amor é indefinido. Simplesmente se sente e se ama.