quarta-feira, 7 de julho de 2010

O poeta exagerado.


 

Outro dia recebi um e-mail idiota sobre a vida de Agenor de Miranda Araújo Neto, vulgo Cazuza. "Um idiota morto" esse era o tema! Uma retórica? Porque pra mim, idiota é aquele que julga negativamente, sem ter argumento suficiente pra provar o contrário. Drogado, traficante, filhinho de papai, gay, soro positivo ou não... Ele foi um cara que viveu sim, à margem da sociedade, mas nem por isso deve ser visto como tal! Suas decisões refletiram na sua própria vida e ninguém tem o direito de achar bom ou ruim. Reverenciá-lo vai muito além de apontar o que é certo e o que é errado... Significa evidenciar o que de bom ele fez e nos deixou. Sua forma irreverente de ver o mundo e transformar aquilo nas mais perfeitas músicas, é a verdadeira prova de que ele sempre será inesquecível. Sendo um bom exemplo ou não, cada um tem o livre-arbítrio para decidir o que quer fazer da sua vida, e com ele não foi diferente. A "educação errônea" a qual muitos sensacionalistas afirmam que lhe foi submetido, é inversamente proporcional a sua vontade de ser totalmente livre e independente. As pessoas não estão cultivando ídolos errados. Quem reconhece o talento de um revoluciorário como Cazuza, está imune de qualquer tipo de preconceito chulo e barato. A exatos 20 anos da sua morte, sinto a perda como se tivesse vivido naquela época. Para mim, sua morte foi consequência dos seus atos, mas sua vida foi marcada por um talento inquestionável, e é isso que deve ser lembrado! AMO, admiro, e sou fã desse cara, pra sempre!  

"Você está vivo.
Esse é o seu espetáculo.
Só quem se mostra se encontra.
Por mais que se perca no caminho."
Cazuza

Misto de sentimentos.



Surgiu sem intenção, naturalmente leve, como a brisa quando toca o coração. Um verdadeiro misto de sentimentos que invade corpo, alma e pensamento. Mas como evitar se envolver? Diante de você, que me ganha nas palavras, enlouquece meus princípios e bagunça meus sentidos. Mudo meu jeito, enfim te aceito. Em busca da reciprocidade constante, sinto que se doar demais não é o bastante. E o que fazer? Se sua vida e seu passado não nos deixam viver... Assim como o medo e a insegurança que nos consome sem deixar esperanças! Apesar das diferenças, deixo estar... Me perco no seu sorriso e esqueço de tudo em menos de um segundo. A gente se ajeita. Seus olhos apertadinhos falam mais do que mil palavras. E assim vou levando, mas sempre tentando... De repente toda a mágica se acabou. Depois de uma nuvem de tempestades vem o sentimento de perda que toma conta e se transforma em saudade. E em mim? A sensação de que fiz o melhor pra dar certo. Hoje o jogo virou e a tempestade enfim acabou... Quero ao menos lembrar do que passou e ter a plena certeza de que nada foi em vão. É e vai ser sempre assim. Se for amor, esse amor dói demais se chega ao fim... Não tem remédio. Mas se não for? Só resta viver... E querer um dia saber o que me levou até você! Amor? Paixão? Ilusão? Não sei... Talvez a única certeza é que vivi intensamente um grande misto desses sentimentos.