quinta-feira, 28 de abril de 2011

Seria apenas mais uma história, se não tivesse tocado a alma.



É assim... O efeito natural dos dias intensos! A gente pensa que não vai passar, e passa. A verdade é que eu penso em você às vezes, só um pouquinho. Só pra lembrar que você já não existe mais! Mesmo que eu tenha que me apegar em lembranças, a ferida já está curada e a porta está trancada. E quando eu penso que está tudo bem, você ressurge ocupando todos os espaços. Aí eu me desarmo. Esqueço do passado e me perco no caminho. Busco uma força que na verdade não existe. Luto, repenso, sinto, me entrego. E por um momento tenho a sensação de que já vi esse filme antes... Como é que vai ficar agora? Tudo o que vai, volta? Um pedaço de mim fica, o outro vai embora. E essa dor não passa... Vai no fundo da saudade e me traz a vontade de viver os últimos momentos do teu lado. E no meu peito só resta a dúvida. Escutei o som do silêncio, senti meu coração e deixei ele decidir por mim. Vou seguir, livre e sem medo. Com os pés no chão, mas de coração aberto.

"O que tem de ser, tem muita força. 
Ninguém precisa se assustar com a distância,
os afastamentos que acontecem. 
Tudo volta! E voltam mais bonitas, mais maduras. 
Voltam quando tem de voltar, voltam quando é pra ser. 
Acontece que entre o ainda-não-é-hora e nossa-hora-chegou,
muita gente se perde! Não se perca, viu?"

sexta-feira, 11 de março de 2011

Liberte-se


Vá... Eu sei que não posso te ter aqui
Não tenho mais razão para ficar
Vá dos meus pensamentos e faça o favor de devolver o meu sorriso
Já que não está aqui para enxugar as minhas lágrimas
Porque eu sei que mais uma vez eu vou chorar
Nesta noite, no final de tudo, é em você que eu sempre penso
E quando lembrar que não te tenho comigo, vou insistir em querer apenas você
Só te peço para não incomodar mais as minhas lembranças
Para não ferir os meus sentimentos, para que fique onde está
E por favor, não alimente essa ilusão
Se quisesse me ver feliz estaria aqui
Deitaria no meu abraço que ainda te espera
No laço do desarrumado que você deixou.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Me acostumei com a sua falta...

 

E quando eu pensei não mais sentir... Hoje te vi e tive a certeza de que pelo menos um pouco de você ainda habita em mim. E é tão estranho... Viver sem saber uma simples notícia sua. Por um segundo achei que seria fácil, mas uma parte de mim que não consegue te odiar, grita pedindo socorro. Uma necessidade inexplicável de te ver, estar perto, conversar ou apenas saber como você está, imune de qualquer outra intenção! Vontade de simplesmente perguntar "como vai, o que tem feito?". Disfarçaria para não dar nenhuma bandeira pra fingir que está tudo certo, que a minha vida continua da mesma maneira... Me desarmei. Mesmo querendo transparecer uma frieza que não faz parte de mim, uma fortaleza que nem sei de onde vem. Nenhuma dor pode ser maior do que tudo que compartilhamos, pois o pulsar do meu coração hoje sem nenhuma mágoa, sente que precisa pelo menos da tua presença. E você, tão displicente... Me deixa confusa com esses olhares, que entregam o desejo e sobretudo a saudade. Todo final é um novo começo. E é desse recomeço que eu quero lembrar. Poder sentir meu coração aliviado e só assim reconhecer o quanto nossa história é digna de ser lembrada. Saiba que o melhor de você também ficou em mim. Mas não quero mais dor, nem amor... Não quero mais nada! "Eu não queria mas já levo a vida sem você..."


"Hoje foi bom te encontrar
O tempo passou, como está?
Difícil foi, mas tudo bem
Eu também tô sem ninguém
E só me restou o ciúme
Não sei se por medo ou costume
Seja feliz, fica com Deus
Se der saudade me liga
Adeus..."
 

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Outro tempo começou pra mim agora...


Acredito que Deus tem um plano maior pra minha vida e muitas vezes pode estar ali, bem ao meu lado. Como uma luz, que aparece constantemente, nas horas em que eu mais preciso, para me livrar dos caminhos obscuros, apanhar todos os pedaços que perdi nessas andanças e seguir sem rumo, sem direção... Ou até mesmo um certo alguém que recolhe os versos que eu perco no caminho... Mas que quase sempre eu não quero enxergar. Porque será? Comodismo, busca pelo padrão? Talvez a resposta esteja somente em mim... No meu passado, presa nas minhas lembranças? Talvez... Sinto que preciso me despir do medo e da insegurança. Na esperança de saber o que é conveniente sem dar tempo ou espaço pra tristeza. Não vou apostar nessa vida de azar, se ela pode ir mais além... Sou refém da sorte, amante da felicidade. Quero poder viver sem pretensão, sem almejar o que é superficial. Na ânsia eterna de idealizar o que é melhor pra mim... Mas afinal, o que é ideal? Viver, sofrer e morrer por amor? Não dá pra explicar. Vai muito além disso... Só vai entender o que é ganhar quem não cansou de perder. E eu cansei de perder... Eu perdi, mas vou ganhar.


"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas
que já tem a forma do nosso corpo
e esquecer os nossos caminhos
que nos levam sempre aos mesmos lugares.
É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la
teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."